Monitoramento Contínuo: A chave para uma infraestrutura de TI sustentável

Monitoramento Contínuo: A chave para uma infraestrutura de TI sustentável

Eventualmente, mesmo os sistemas e infraestruturas mais sustentáveis precisarão acompanhar os esforços para a prevenção. Por isso, o Continuous monitoring (monitoramento contínuo) é essencial. Técnicas de monitoramento contínuo costumam melhorar a operações de infraestrutura no geral e são indispensáveis para o gerenciamento de redes, servidores, nuvem, aplicativos, serviços, entre outros e tem como principal objetivo viabilizar:

  • Visibilidade de recursos tecnológicos – As ferramentas de monitoramento rastreiam métricas automaticamente dos recursos tecnológicos da infraestrutura;
  • Diminuir Downtime – Nada mais é do que intervalos de inatividade dos ativos de T.I. A maioria das ferramentas é possível habilitar a comparação das métricas com valores satisfatórios de forma que seja possível identificar anomalias e, consequentemente, resolver o incidente de forma mais eficaz;
  • Redução de custos – O monitoramento, quando feito de forma inteligente, pode ser útil para a redução dos custos relacionados a recursos tecnológicos, já que a resolução rápida de incidentes, diminuem o tempo da indisponibilidade dos serviços;
  • Ciclo de vida otimizado – O monitoramento contínuo proporciona melhor aproveitamento dos recursos tecnológicos e, ainda, conservações mais apropriadas. Ou seja, isso resulta no aumento da vida útil e gera também, redução de custos;

Quais os ciclos do monitoramento contínuo?

 

Análise – Trata-se da definição dos requisitos que devem ou não ser monitorados. Estes são

geralmente definidos pela criticidade de cada item para a empresa. Um bom exemplo seria

uma empresa que trabalha com sistemas web. Caso esses sistemas fiquem inoperantes por

muito tempo, isso seria crítico, causando um prejuízo enorme. Neste cenário, o ideal seria

criar um monitoramento desses sistemas web em primeiro lugar.

Configuração – A partir do levantamento feito na análise dos itens, fazemos então a configuração

do monitoramento e a escolha das ferramentas capazes de realizar tal tarefa.

Execução – Assim que escolhemos as ferramentas e fazemos as configurações adequadas,

chega a hora de testar e acompanhar os resultados.

Melhoria – Devemos sempre verificar se as métricas, alertas, ferramentas, limites de

alertas etc., estão adequados às necessidades levantadas na análise e fazer as correções e/ou

substituições necessárias para o que realmente precisamos.

Quais as ferramentas utilizadas?

Zabbix

O Zabbix é uma ferramenta de monitoramento de código aberto para infraestrutura, desenvolvida

por Alexei Vladishev a partir de 2001. Sua primeira versão estável, foi lançada em

2004 já como software livre sob a licença GPL e é mantido pela Zabbix SIA.

Dentre os recursos de monitoramento que o Zabbix oferece, destacam-se:

  • Recursos de hardware e software de dispositivos de rede
  • Disponibilidade e performance de páginas web
  • Estado de serviços
  • Coleção de métricas de dispositivos via SNMP
  • Alertas sonoros e notificações
  • Apresentação de métricas gráficas

Prometheus

O Prometheus é uma ferramenta voltada para monitoramento de serviços e aplicações.

Seu desenvolvimento iniciou-se pela SoundCloud e sua primeira versão foi lançada em 2012.

Hoje o Prometheus é mantido pela Cloud Native Computing Foundation.

Dentre suas vantagens em relação a outros softwares de monitoramento, destacam-se:

  • Possui sua própria linguagem (PromQL) utilizada para realizar consultas em formato

time series (série temporal)

  • Utiliza um motor de armazenamento de dados time series, que agiliza a consulta de

métricas

  • Possui um gerenciador de alertas nativo
  • Os clientes são integrados diretamente aos serviços a serem monitorados
  • Possui suporte a vários modos gráficos e painéis

Grafana

O Grafana é um software para análise de dados que nos permite criar dashboards personalizados

com gráficos amigáveis. As métricas para a geração dessas telas podem ser coletadas

a partir dos softwares:

  • Graphite
  • ElasticSearch
  • OpenTSDB
  • Prometheus
  • InfluxDB

Além dessas ferramentas, o Grafana possui uma série de plugins que viabilizam integrações

com outras plataformas, inclusive com o Zabbix. Há também plugins para a apresentação de

métricas com modos gráficos diferentes do nativo

Graylog

O Graylog é um software para gerência de logs e teve seu projeto iniciado em 2009 por

Lennart Koopmann. Após receber a cotação de um software proprietário para gestão de logs

e se deparar com o custo elevado informado pelo fornecedor, decidiu desenvolver sua própria

ferramenta. O Graylog funciona em conjunto com outros softwares como MongoDB e ElasticSearch

e viabiliza a criação de filtros, aumentando a velocidade de pesquisa de mensagens

de log.

Dentre suas características destacam-se:

  • Coleção de logs em diferentes formatos
  • Dashboards personalizados para organização dos logs
  • Filtros em registros
  • Gerador de alertas

 

Elastic Stack

O Elastic Stack é o ELK Stack, mas com maior flexibilidade de fazer as coisas grandiosas com os produtos de três projetos open source:

  • Elasticsearch – É um mecanismo de busca e análise;
  • Logstash – É uma pipeline de processamento de dados do lado do servidor que faz a ingestão de dados a partir de inúmeras fontes simultaneamente, transformando-os e enviando-os para um “esconderijo” como o Elasticsearch;
  • Kibana – O Kibana permite que os usuários visualizem os dados com diagramas e gráficos no Elasticsearch.

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João Pedro Santos
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Linux Sysadmin que ama desafios, com experiência em troubleshooting em ambiente opensource e aplicações web. Focado em administração de infraestrutura em Nuvem, Software de código aberto, Monitoramento e Devops. Entusiasta da tecnologia e consultor de T.I. Linkedin: https://www.linkedin.com/in/joaopmdds/

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