Guia Completo: Gerenciamento de Disco e Partições Linux

Guia Completo: Gerenciamento de Disco e Partições Linux

Neste artigo, vamos falar sobre o gerenciamento de disco, uma das partes mais importantes da sua infraestrutura para que você não perca ou corrompa aqueles arquivos que guarda com carinho desde 1996. Veremos como criar partições dentro do seu disco e entender a diferença entre os discos MBR e GPT dentro das partições Linux.
Primeiramente, vamos falar um pouco sobre o que é MBR e GPT.
O MBR é uma forma mais antiga de padronização de dados nos discos. Ainda é usada nos dias de hoje, mas já está perdendo mercado para o GPT. O MBR, reconhece até 2TB de partições e a forma com a qual ele executa o sistema operacional funciona de forma mais lenta, pois ele procura o sistema em cada partição.
GPT é a forma mais atual de padronização de dados nos discos. Com a nova forma de discos mais rápidos e replicantes, o GPT está sendo muito mais utiliado, pois aguenta até **9,4 Zetabites** (um trilhão de gigabytes).
 Pré-requisitos:
– Virtual Box instalado na máquina
– um sistema operacional Linux (estou usando Ubuntu) em um ova.
– Vontade de aprender (pré-requisito mais importante)
Primeiro passo:
Nós vamos estudar algumas questões de filesystem e com isso, teremos que adicionar alguns HD’s em nossas máquinas virtuais (estamos fazendo isso para não ter problemas com nosso disco principal).
Usando o Virtual Box, vamos começar indo até a máquina virtual desejada (escolha alguma ova de usa preferência) e segue o passo a passo:
configurações >> Armazenamento >> controladores Sata >> Adicionar disco rígido >> Criar novo disco >> VDI >> dinamicamente alocado >> nomedodisco1
Obs: recomendo criar dois discos para utilizarmos em nossos exemplos.
Nós vamos começar falando do comando:
fdisk
O fdisk é o comando mais importante nos procedimentos de particionar e configurar suas partições. Ele será seu companheiro de aventuras neste artigo.
O comando fdiks -l vai listar todos os seus discos e partições presentes neles.
Como nós fizemos a inclusão dos outros discos termos que usar o caminho para que o comando mostre as partições dentro do disco.
Ou seja, usaremos então:
fdisk -l /dev/sdb
Nas primeiras linhas do comando, serão exibidas muitas informações:
ESPAÇO EM DISCO – Será mostrado o espaço do disco em MB.
SECTOR SIZE – Tamanho lógico ou físico do disco.
ENTRADA E SAÍDA – Tamanho mínimo da entrada e saída.
DISKLABEL – Apontando qual é a categoria da sua partição.
Se for DOS, sua partição será o MBR. Mas é muito comum aparecer GPT também.
Qualquer disco que você queira definir suas partições, geralmente estarão colocados no diretório /dev e que o fdisk trabalha por padrão com partições MBR. Ou seja, não ache estranho que sempre estará DOS no seu disklabel.
Professor, mas dá para fazer com que ele trabalhe com outras partições?
Sim. Você poderá trabalhar com gpt, sgi, mbr e sun.
O primeiro passo para criar uma partição, basta acionar o comando:
fdisk /dev/sdb
Será exibido um menu diferente desta vez:
– Bem vindo ao fdisk
No qual já te pedirá o comando logo de cara!
Você poderá ver o menu de comandos apertando a letra m.
Serão mostrados todos os comandos:
Para criar uma nova partição, basta escrever n e apertar enter.
A primeira pergunta será sobre o tipo de partição. Poderá ser primária ou estendida.
A partição primária, é aquela que você colocará o sistema operacional da máquina.
A partição extendida, será aquela que você colocará os demais arquivos.
Em sequência, ele pedirá para colocar os números da partição que você quer. Pode ser de 1 a 4, mas caso quiser,
ele já vem numerando tudo por default. Ou seja, não precisa esquentar a cabeça enumerando seus discos.
Agora entrará na criação da primeira partição. Sendo assim, ele falará o setor que a nova partição será criada. Com isso, na tela, será possível ver que há uma opção default para você usar.
Logo em seguida, ele pedirá que você coloque o espaço de disco da partição que está sendo criada.
Mas há uma pequena informação no esquema de escrita. Será necessário colocar o + o tamanho do espaço que vc quer na máquina e a letra representante do espaço em bytes.
Por exemplo: +512M, +2G,+1G etc.
Pronto, agora você criou sua partição do seu jeito.
para verificar se a partição está criada, basta colocar a letra p na tela de comando. (automaticamente o comando te joga para o menu principal de comandos).
Será exibido o DEVICE, BOOT, START (COM A QUANTIDADE DE MEMORIA), END, SECTOR, SIZE, ID, TYPE
O ID é um dos mais importantes, pois é ele que mostrará o tipo de partição que está feita. No caso, por padrão, ele criará uma partição Linux, mas isso pode ser mudado. Falaremos disso mais para frente.
Após a criação de 4 partições, a última partição, será uma extendida. Ou seja, partições lógicas.
Para quem não se lembra, a partição lógica é aquela que você não instala o sistema operacional.
Desta vez, em vez da letra p, apertaremos a letra e para começar uma partição lógica.
Nesse caso, eu geralmente não defino espaço para armazenar os dados. Deixo como default, pois ele pegará o espaço inteiro restante do disco.
Mas para concluir tudo que estamos fazendo, precisamos apertar w para salvar.
Caso não seja necessário salvar, basta apertar q.
Vale lembrar: se você não salvar tudo o que foi feito, não poderá voltar atrás (da mesma forma que salvar).
Para deletar uma partição, basta apertar d.
Quando isso acontecer, ele pedirá o número da partição que você quer deletar.
Deletando a partição extendida, você deletará as partições lógicas.
Deletando uma partição lógica, vamos colocar aqui uma partição de número 5, sendo a partição 6 já criada, a partição número 6 será a 5. E assim por diante. Seguindo a mesma memória e espaço em disco.
Para verificar os tipos de partições conhecidas, basta apertar o l.
Para alterar o ID da partição, basta apertar a letra t.
O comando pedirá qual ID da partição que você queira alterar. Ou seja, você poderá escolher qualquer uma das partições que tenha sido criada.
Aperte enter após confirmar.
Aparecerá o código hexadecimal que você queira colocar em sua partição. Basta selecionar o número, por exemplo, 85 para uma partição extendida Linux.
Após isso, basta apertar a letra p para verificar que lá na coluna SYSTEM a partição já estará com outro nome.
Galera, da mesma forma que eu tenho o fdisk, eu posso usar um comando chamado gdisk.
O gdisk só trabalha com partições gpt
Vamos usar o gdisk no sdc (o terceiro disco que nós criamos no virtual box) gdisk /dev/sdc
é a mesma coisa do outro comando, galera.
então você coloca a letra m pra conseguir ver as informações. Só que desta vez, as informações são mais enxutas.
Pessoal, vale lembrar que em algumas distribuições Linux, o gdisk não vem com repositório oficial.
Ou seja, você precisará instalar manualmente. É bem fácil:
sudo apt ou yum install gdisk.
Como dito anteriormente, os comandos são os mesmos que o fdisk. Ou seja, basta apertar a letra m para verificar quais opções de comandos vocês obtém.
Detalhe importante: repare que agora existe até 128 partições, pois você estará lidando com partições GPT.
Não esqueça de salvar suas alterações usando a letra w quando terminar.

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