IA para maiores – Campanha da GUESS

IA para maiores – Campanha da GUESS

A marca GUESS lançou uma campanha publicitária estrelada por modelos criados por inteligência artificial, e o resultado foi uma onda de críticas nas redes sociais. A iniciativa, que pretendia demonstrar inovação e modernidade, acabou despertando um debate acalorado sobre autenticidade, ética e o papel da tecnologia na estética do corpo humano. Muitos consumidores se sentiram enganados ao descobrir que as imagens não eram de pessoas reais.

Por trás da controvérsia, há um ponto sensível para o setor: a substituição de pessoas por avatares sintéticos. Fotógrafos, maquiadores, modelos e stylists — profissionais que dão vida e emoção às campanhas — veem na IA uma ameaça direta ao trabalho humano. Ao mesmo tempo, as empresas defendem a prática como uma forma de reduzir custos, testar ideias com agilidade e diminuir o impacto ambiental de produções presenciais. O dilema ético, portanto, não está apenas em quem aparece nas fotos, mas em quem deixa de aparecer.

A atribuição do Prêmio Nobel de Física 2024 aos pesquisadores John J. Hopfield — “por inventar uma estrutura que pode armazenar e reconstruir informações” NobelPrize.org+2NobelPrize.org+2 — e Geoffrey Hinton — “por inventar um método que pode descobrir independentemente propriedades em dados, que se tornou importante para as grandes redes neurais artificiais hoje em uso” NobelPrize.org+1 — aponta para um salto tecnológico de dimensões comparáveis às grandes revoluções da física. 

Essa conquista ressalta que estamos entrando numa era em que algoritmos inteligentes não são apenas ferramentas auxiliares, mas fundamentos de sistemas que podem substituir trabalho intelectual repetitivo e criativo. Hinton vem fazendo alertas sobre as possibilidades das IAs substituírem muitos trabalhos humano antes inimagináveis.

Não importa se alguns achem que a moda é repetitiva ou criativa. A IA já está lá nos calcanhares dela coçando a mão para reduzir custos. Exatamente como todos estamos fazendo em todas as áreas.

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Marcelo Marques
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Marcelo Marques é cofundador da Rankdone, Jedai e 4Linux, e atualmente atua como CEO da Rankdone. Concluiu o curso "Artificial Intelligence: Implications for Business Strategy" pela MIT Sloan School of Management, consolidando sua expertise em estratégias empresariais aplicadas à inteligência artificial. Empreendedor com experiência em tecnologia e inovação, atuou na criação da Startup Jedai, voltada para soluções avançadas de IA e educação. Atua também como AI Strategic Business Advisor na Intellinode.ai, em Delaware, EUA. Administrador pela FASP, especializado em Marketing pela Trevisan Escola de Negócios e pós-graduado em Gestão Empresarial pela FGV.

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