Curiosidades DeepSeek Liang Wenfeng

Curiosidades DeepSeek Liang Wenfeng

DeepSeek e Liang Wenfeng: Curiosidades e o Futuro da IA

Por trás da DeepSeek, há uma história fascinante de inovação e ousadia. Neste post, exploramos algumas curiosidades sobre a trajetória da empresa, seu fundador e o impacto que essa tecnologia pode ter no futuro da IA.

1. Quem é Liang Wenfeng?

O criador da DeepSeek, Liang Wenfeng, nasceu em 1985 na China e sempre demonstrou um talento excepcional para a matemática. Ele estudou engenharia de informação eletrônica na Universidade de Zhejiang e, posteriormente, aprofundou seus conhecimentos em inteligência artificial.

Antes de fundar a DeepSeek, Liang trabalhou no setor financeiro, desenvolvendo modelos quantitativos para análise de investimentos. Em 2015, fundou a High-Flyer, um fundo de investimento que chegou a administrar mais de 100 bilhões de yuans antes de migrar para o desenvolvimento de IA.

2. Fatos Curiosos sobre a DeepSeek

  • Guerra de preços inesperada – Após o lançamento do DeepSeek V2, a empresa reduziu os preços dos modelos de IA baseando-se apenas nos custos operacionais. Isso iniciou uma guerra de preços no setor, algo que Liang Wenfeng não esperava. Empresas como ByteDance, Alibaba, Tencent e Baidu rapidamente seguiram o movimento, mesmo com custos operacionais muito mais altos.
  • Foco na inovação, não na monetização rápida – Diferente de outras startups de IA que copiam arquiteturas existentes, a DeepSeek optou por criar sua própria estrutura de modelo, visando alcançar a AGI (Inteligência Artificial Geral). Liang Wenfeng acredita que empresas chinesas precisam contribuir com inovações tecnológicas, e não apenas copiar soluções estrangeiras.
  • Posição de liderança inesperada – O DeepSeek V2 surpreendeu o Vale do Silício por ser uma inovação vinda de uma empresa chinesa, algo incomum no setor de IA. Normalmente, as empresas chinesas são vistas como seguidoras de tecnologia e não como inovadoras.
  • “Fosso competitivo” baseado na equipe, não no código – Ao contrário da OpenAI e outras empresas que fecham seus modelos, a DeepSeek mantém sua tecnologia de código aberto. Liang acredita que o verdadeiro diferencial está na cultura interna da empresa e na expertise acumulada pela equipe, e não no segredo do código.
  • Autocensura sobre temas políticos – A LLM DeepSeek evita responder perguntas sobre a ditadura na China, demonstrando um nível de autocensura em temas sensíveis dentro do país. Quando questionada sobre eventos como o Massacre da Praça da Paz Celestial de 1989, a IA frequentemente retorna mensagens genéricas ou se recusa a comentar. Esse comportamento não é exclusivo da DeepSeek, pois outras IAs treinadas na China apresentam restrições semelhantes para se alinharem às diretrizes governamentais. Outras palavras-chave sensíveis, como “direitos humanos”, “liberdade de imprensa” e “repressão política”, podem levar a respostas limitadas ou neutras, evitando qualquer crítica ao governo. A censura automatizada da DeepSeek ilustra como a inteligência artificial pode ser moldada para atender diretrizes governamentais, afetando a maneira como os usuários acessam informações históricas e políticas. Enquanto algumas IAs ocidentais permitem discussões mais abertas sobre esses tópicos, modelos treinados sob jurisdição chinesa enfrentam limitações para evitar possíveis sanções ou proibições dentro do país.
  • Modelo de gestão inovador e descentralizado – A estrutura organizacional da DeepSeek é altamente flexível. Equipes são montadas organicamente conforme as ideias surgem, sem uma hierarquia rígida. Funcionários podem acessar servidores e recursos livremente sem aprovação burocrática.
  • Recrutamento baseado em paixão e curiosidade – A empresa seleciona talentos de forma não convencional, buscando pessoas que tenham um interesse genuíno por pesquisa. A equipe é composta principalmente por recém-formados e jovens pesquisadores, sem necessidade de recrutar talentos do exterior.
  • Contra a cultura de monetização imediata – Enquanto a maioria das empresas chinesas prioriza a aplicação comercial de IA, a DeepSeek se recusa a focar em produtos de curto prazo. O objetivo da empresa é contribuir para o avanço tecnológico global, e não apenas gerar lucro rápido.
  • Aposta na AGI – Liang Wenfeng acredita que a China precisa parar de ser apenas uma seguidora no setor de IA. Ele defende que investimentos massivos não garantem inovação, e que a DeepSeek deve atuar na fronteira da pesquisa para criar um ecossistema de IA chinês independente.
  • Sem pressa para levantar capital – Ao contrário de outras startups de IA, a DeepSeek não tem planos de captar investimentos no curto prazo. Para Liang, o maior desafio não é dinheiro, mas a dificuldade de acesso a chips de ponta devido a restrições internacionais.
  • Otimismo sobre inovação radical – Liang acredita que, no futuro, a China terá mais inovações radicais, pois o pensamento coletivo do país está começando a mudar. Para ele, a chave é educar a sociedade sobre a importância de inovação original e tecnologia de ponta.

3. O Futuro da IA com a DeepSeek

A DeepSeek representa uma mudança de paradigma na forma como a IA é desenvolvida. Ao invés de depender de grandes investimentos e infraestruturas caras, ela mostra que modelos inteligentes podem ser construídos com eficiência e menos custo.

Algumas previsões para o futuro da DeepSeek e da IA:

  • Mais acessibilidade: Empresas e desenvolvedores terão cada vez mais alternativas open source de alto desempenho. 
  • Avanços em AGI: Modelos que podem aprender e evoluir sem supervisão humana.
  • Inovação independente: Redução da dependência de restrições comerciais dos EUA sobre chips e tecnologia. 📌 Cultura de código aberto: Empresas menores poderão competir com gigantes da tecnologia.

A DeepSeek não é apenas uma ferramenta de IA, mas um movimento em direção à democratização da inteligência artificial. Com um futuro promissor, ela pode redefinir como utilizamos a IA no dia a dia.

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Marcelo Marques
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Marcelo Marques é cofundador da Rankdone, Jedai e 4Linux, e atualmente atua como CEO da Rankdone. Concluiu o curso "Artificial Intelligence: Implications for Business Strategy" pela MIT Sloan School of Management, consolidando sua expertise em estratégias empresariais aplicadas à inteligência artificial. Empreendedor com experiência em tecnologia e inovação, atuou na criação da Startup Jedai, voltada para soluções avançadas de IA e educação. Atua também como AI Strategic Business Advisor na Intellinode.ai, em Delaware, EUA. Administrador pela FASP, especializado em Marketing pela Trevisan Escola de Negócios e pós-graduado em Gestão Empresarial pela FGV.

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